É o que disse, nesta terça-feira (17), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani.
"Este ato terrorista combinado, que é, de fato, uma forma de matança em massa, mais uma vez prova claramente que o regime sionista, além de cometer crimes de guerra e genocídio contra o povo palestino, colocou a paz e a segurança regional e internacional em sério risco", disse Kanaani, citado pelo Ministério das Relações Exteriores iraniano.
Ele complementou dizendo que, "consequentemente, confrontar as ações terroristas do regime e as ameaças decorrentes delas é uma necessidade evidente, e a comunidade internacional deve agir prontamente para combater a impunidade dos oficiais criminosos sionistas".
Nesta terça-feira, o ministro da Saúde libanês, Firas al-Abyad, disse que mais de 4 mil pessoas ficaram feridas e pelo menos 11, incluindo uma criança, morreram como resultado da explosão em massa de pagers em todo o país. O governo libanês e o movimento Hezbollah culparam Israel pelas explosões.
A mídia relatou que os pagers foram usados pelo Hezbollah como um sistema de comunicação fechado, menos suscetível a hackers e espionagem. O motivo da explosão de centenas de dispositivos é desconhecido.
Sobre o ataque
Fontes informaram ao portal de notícias Axios que a detonação de pagers no Líbano foi aprovada durante reuniões entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, membros de seu gabinete e chefes de segurança. O objetivo era levar para uma nova fase o conflito contra o Hezbollah, outra vez escalando as tensões na região.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Líbano, a detonação de pagers ocorreu durante um ciberataque de Israel. A mídia local informou que os equipamentos eram usados pelo Hezbollah como um sistema de comunicação fechado, menos suscetível a invasões e espionagem.