"Os Estados Unidos anunciaram recentemente novamente a venda de armas a Taiwan, o que viola gravemente o princípio de Uma Só China e três comunicados conjuntos sino-americanos, constitui uma interferência flagrante nos assuntos internos do país asiático e prejudica gravemente a soberania, o território e a integridade da China", razão pela qual o país "decidiu introduzir contramedidas a nove empresas norte-americanas", diz o comunicado.
Em particular, estas são as empresas militares e industriais Sierra Nevada Corporation, Stick Rudder Enterprises LLC, Cubic Corporation, S3 AeroDefense, TCOM, TextOre, Planate Management Group, ACT1 Federal e Exovera.
A decisão de Pequim entra em vigor nesta quarta-feira (18).
Ainda na terça-feira (17), a Agência de Cooperação para a Segurança de Defesa dos EUA anunciou que o Departamento de Estado aprovou uma possível venda de várias peças sobressalentes, incluindo peças de aviação, a Taiwan por US$ 228 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão).
Pequim considera Taiwan parte integrante da China e o cumprimento do princípio de Uma Só China é uma condição obrigatória para outros Estados que pretendam estabelecer ou manter relações diplomáticas com a ilha.
A situação em torno de Taiwan piorou após a visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha em agosto de 2022, apesar dos protestos da China, que viu essa viagem como apoio de Washington aos independentistas de Taiwan, realizando exercícios militares em grande escala a este respeito.