A data do anúncio foi escolhida a dedo, por hoje ser o Dia Internacional da Igualdade Salarial. Ao todo, são 79 ações divididas em três eixos, que também abordam aspectos étnico-raciais e da divisão sexual do trabalho — a distribuição justa das atividades de cuidado nas famílias.
Na ocasião foi lançado o 2° Relatório de Transparência Salarial, que revela que trabalhadoras mulheres ganhavam 20,7% menos do que trabalhadores homens em 2023, em mais de 50 mil empresas com 100 ou mais empregados, no Brasil.
A qualificação das mulheres para estarem em espaços de direção e gestão é um dos focos do plano, segundo a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves:
“A desigualdade salarial entre mulheres e homens decorre de uma série de fatores relacionados a discriminações e à exclusão das mulheres no mundo do trabalho. Os Relatórios de Transparência Salarial têm confirmado esse cenário, e hoje a grande novidade é a entrega, pelo governo federal, do Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens", declarou ela.
O acompanhamento do plano será feito por um comitê gestor composto pelos ministérios das Mulheres; do Trabalho e Emprego; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; da Igualdade Racial; e dos Direitos Humanos e da Cidadania.
A igualdade salarial e laboral entre mulheres e homens e a autonomia econômica também são desafios assumidos pelo Brasil na presidência do G20, mais especificamente no Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres e no Grupo de Trabalho sobre Emprego, coordenados pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho.