Os presentes discutiram os desafios e perspectivas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil. Sônia Couto, coordenadora do Centro de Referência Paulo Freire, ressaltou as dificuldades históricas do setor e o novo fôlego trazido pelo Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da EJA, que visa reorganizar o ensino para jovens e adultos em todo o país.
Segundo ela, a EJA enfrenta um histórico de "pouco investimento e impacto social", refletindo um cenário de "desprestígio" ao longo dos anos.
No entanto, ela aponta mudanças com o recente lançamento do programa.
Sônia destaca que o pacto representa uma nova fase para o setor. "Hoje, a gente pode dizer que está confiante, porque há recursos, há todo um cuidado, toda uma preocupação com a educação de jovens e adultos."
A iniciativa visa reorganizar e fortalecer o ensino de jovens e adultos em nível nacional, promovendo a conexão entre a escola pública e a educação popular como estratégias para combater o analfabetismo.
Ela também ressaltou o impacto do legado de Paulo Freire na educação brasileira. "Paulo Freire é o patrono da educação brasileira, o maior representante de uma educação que busca o combate à opressão e à injustiça social."
103 anos de nascimento de Paulo Freire
Durante a comemoração dos 103 anos de nascimento de Paulo Freire, o filho do educador, Lutgarde Costa Freire, defendeu a educação contínua, especialmente para jovens e adultos, uma área que enfrenta dificuldades históricas no Brasil.
Ele reforçou que "a educação não acontece só na infância, ela continua na juventude e na idade adulta", e que o aprendizado é um processo contínuo ao longo da vida, adaptando-se às mudanças tecnológicas e sociais.
Durante o evento, o filho de Freire se emocionou ao reencontrar pessoas ligadas ao trabalho de seu pai, como Nima Spigolon, vencedora do Prêmio Jabuti por um livro sobre Elsa Freire, esposa de Paulo Freire.
Ele destacou o papel essencial de Elsa no trabalho de seu pai: "Paulo Freire não seria o que foi sem a minha mãe", disse.
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