Shigeru Ishiba, que é um dos principais candidatos à sucessão do primeiro-ministro Fumio Kishida, apelou na semana passada para a criação de uma "versão asiática da OTAN" através da união das várias iniciativas de segurança na região em um pacto formal de defesa. "Pelo menos devemos aprofundar nossas discussões sobre este tema", disse ele.
Falando em uma conferência em Washington na terça-feira (17), o secretário de Estado dos EUA para a Ásia Oriental e o Pacífico, Daniel Kritenbrink, rejeitou a sugestão de Ishiba.
"É muito cedo para falar sobre segurança coletiva nesse contexto, e [a criação de] instituições mais formais", disse Kritenbrink, segundo o jornal japonês Nikkei. "No que estamos nos focando é em investir na arquitetura formal existente na região e continuar construindo essa rede de relações formais e informais. E então veremos onde isso vai", acrescentou ele.
Uma OTAN asiática "não é o que estamos procurando na região", disse um funcionário anônimo dos EUA ao jornal japonês.
Não obstante o alto funcionário ter afirmado que os EUA não desejam a criação de uma "aliança de estilo bloco" na região da Ásia-Pacífico, na verdade Washington passou décadas construindo uma rede de parcerias e acordos multilaterais na região que seus rivais, particularmente a China – veem como passos em direção a uma "OTAN asiática" de fato.