O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, esteve na sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no Rio de Janeiro e disse, após o encontro, que "ainda não está convencido da necessidade" da volta do horário de verão, suspenso durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Foi recomendado pelo ONS e aprovado pelo CMSE um indicativo de que é prudente, que é viável e que seria um instrumento apontado como importante [o retorno da medida]", disse, ao lembrar que ainda estão em análise outras ações para reduzir a sobrecarga do sistema no verão.
Entre 1985 e 2018, a medida adiantava em uma hora os relógios em parte do Brasil nos meses de outubro a março. Conforme o ministro, a decisão final será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos próximos dez dias. Silveira ainda pontuou que a decisão não é somente técnica, mas também política, diante das mudanças trazidas na rotina da população.
Apesar da recomendação, o ministro de Minas e Energia foi enfático ao lembrar que não há risco de falta de energia no país durante o verão, quando o consumo aumenta devido ao calor.
Caso volte a ser adotado, os estudos da ONS apontam para uma economia de R$ 400 milhões por conta do menor acionamento das termelétricas, mais caras e mais poluentes. Além disso, segundo a OMS, o sistema sofre queda de 20% na geração de energia ao anoitecer.
Caso seja aprovado, o retorno do horário vai acontecer 30 dias após a publicação do decreto.