Panorama internacional

Comissão de Valores Mobiliários dos EUA pedirá sanções contra Musk pela compra do Twitter

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos informou nesta sexta-feira (20) que poderá sancionar o bilionário Elon Musk por não testemunhar na investigação que a agência reguladora conduz sobre a compra da rede social Twitter, posteriormente nomeada X.
Sputnik
A comissão citou, em documento judicial, diversas oportunidades nas quais o empresário não compareceu para testemunhar o acordo de compra da plataforma por US$ 44 bilhões (R$ 242,6 bilhões), e anunciou que, entre outras coisas, poderia "buscar sanções contra Musk".
A investigação quer interrogar Musk para determinar se ele infringiu alguma lei federal de valores mobiliários ao comprar o Twitter em 2022 e renomeá-lo como X.
Musk acusa a entidade de fazer acusações por meio de investigações injustificadas. Para seus advogados, uma ação sancionadora contra seu cliente seria "drástica" e desnecessária.
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Carta contra Musk

Também nesta semana intelectuais e acadêmicos de diferentes países tornaram pública uma carta na qual criticam os ataques das big techs à soberania dos países e defendem o Brasil frente às ações de Musk com relação ao X, recentemente bloqueado no país por descumprir ordens judiciais.

"Queremos expressar nossa profunda preocupação com os ataques em curso das big techs e seus aliados à soberania digital do Brasil; a disputa do Brasil com Elon Musk é apenas o exemplo mais recente de um esforço mais amplo para restringir a capacidade das nações soberanas de definir uma agenda de desenvolvimento digital livre do controle de megacorporações com sede nos EUA", diz o documento, intitulado "Contra o ataque das big techs à soberania digital".

Entre os signatários estão os economistas franceses Gabriel Zucman, Julia Cagé e Thomas Piketty; a filósofa Shoshana Zuboff; o ex-ministro da Economia argentino Martín Guzmán; a economista italiana Francesca Bria; o economista americano David Adler; a economista indiana Jayati Ghosh; o escritor belarusso Evgeny Morozov; e o antropólogo Jason Hickel.
O grupo ainda afirma que o caso brasileiro "se tornou a principal frente do conflito global em evolução entre as grandes corporações de tecnologia e aqueles que buscam construir um espaço digital democrático e centrado nas pessoas, focado no desenvolvimento social e econômico".
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