"O Reino Unido e os EUA vão discutir o tema regularmente. A mudança de posição só será confirmada após os primeiros ataques com mísseis", diz o meio.
É especulado que a decisão final seja tomada às margens da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), que acontece nesta semana em Nova York.
Na última semana, Biden e Starmer não chegaram a um acordo sobre o tema. Segundo fontes ouvidas pela mídia norte-americana, duas minutas diferentes foram preparadas para serem apresentadas à mídia, dependendo da decisão dos líderes.
Servidores da administração Biden estariam focados em "construir um legado" frente à eleição presidencial e, por isso, querem agir com rapidez no tema, permitindo que Kiev ataque o território russo com armas ocidentais.
Em entrevista à rede televisiva Sky News Arabia, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, detalhou que os armamentos ocidentais doados simplesmente não podem ser utilizados a bel-prazer pelos ucranianos.
"Se estamos falando de armas de mísseis de longo alcance, então está claro para todos que os próprios ucranianos não poderão usá-las. Alvos, dados de satélite, missões de voo — tudo isso só pode ser inserido pelos especialistas do país que produz essas armas."
À mídia televisiva, Lavrov comparou os líderes ocidentais a crianças brincando com fósforos.
"Parece que eles realmente têm uma mentalidade infantil. Embora esses adultos ocupem cargos de responsabilidade: ministros, primeiros-ministros, chanceleres, presidentes."
Se a Ucrânia conseguir autorização por parte das potências da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para usar armas de longo alcance, isso aumentará as tensões do conflito, descrito por enquanto como "uma guerra híbrida" da OTAN contra a Rússia.
As palavras de Lavrov ecoam as do presidente russo, Vladimir Putin, que afirmou que a permissão para ataques em território russo implica na participação direta de países ocidentais no conflito ucraniano. Se isso acontecer, a Rússia será forçada a tomar decisões com base nessas ameaças.