A declaração foi feita pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, após uma reunião com governadores das Regiões Centro-Oeste e Norte, realizada na tarde dessa quinta-feira (19) no Palácio do Planalto.
A reunião foi uma iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também se encontrou esta semana com os chefes dos Poderes para discutir a ampliação das medidas contra as queimadas.
De acordo com o ministro, além dos R$ 514 milhões de crédito extraordinário já liberados, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criará uma linha de crédito destinada à compra de viaturas e equipamentos para os bombeiros. Os estados receberão novos recursos com base na apresentação de suas demandas específicas.
"Vamos recepcionar, nos próximos dias, todos os pedidos de ajuda, dois estados já enviaram, e estamos avaliando e autorizando de forma sumária. Como vocês já viram, foi publicado já o primeiro crédito, de outros que serão publicados, no valor de R$ 514 milhões, a assim como falou também, o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], já até a semana que vem, está autorizado e liberando um pouco mais de R$ 400 milhões para apoio aos corpos de bombeiros desses estados da Amazônia Legal, para compra de materiais, equipamentos, viaturas, o que já soma os dois juntos perto de R$ 1 bilhão", afirmou o ministro.
Ele complementou: "E outros créditos serão publicados na medida em que os governadores apresentem e materializem suas demandas", segundo a Agência Brasil.
Participaram do encontro os governadores Hélder Barbalho (Pará), Mauro Mendes (Mato Grosso), Ronaldo Caiado (Goiás), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Wilson Lima (Amazonas), Gladson Cameli (Acre), Wanderlei Barbosa (Tocantins) e Antonio Denarium (Roraima). Também compareceram os vice-governadores Sérgio Gonçalves da Silva (Rondônia) e Antônio Pinheiro Teles Júnior (Amapá).
Afetados
Mais de 11 milhões de pessoas já foram afetadas diretamente pela onda de incêndios que afeta o Brasil desde o início do ano em meio a uma seca histórica. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios, na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento dos casos é alarmante: em 2023 foram somente 3,8 mil pessoas afetadas e 23 municípios em situação de emergência.
Já os prejuízos econômicos com as queimadas chegaram a R$ 1,1 bilhão. Por conta da situação enfrentada no Brasil, a CNM defende a criação do Conselho Nacional de Mudança Climática, além da Autoridade Climática Nacional e o Fundo Nacional de Mudança Climática. A proposta prevê ainda 3% da arrecadação do Imposto de Renda e do IPI para o fundo.