O comentário de Zakharova fez referência aos eventos recentes no Líbano, que tem passado por momentos difíceis relacionados ao conflito entre o movimento libanês Hezbollah e Israel.
"Estamos profundamente preocupados com os perigosos acontecimentos na República Libanesa. Vou lembrar que, em 19 de setembro, aviões israelenses realizaram uma série de ataques maciços em várias áreas no sul do Líbano. Antes disso, por dois dias consecutivos, 17 e 18 de setembro, o Líbano foi alvo de atos terroristas sem precedentes, que tinham a natureza de ataques cibernéticos", disse ela.
Ele acrescentou que dezenas de pessoas, incluindo crianças, foram vítimas dos ataques e milhares ficaram feridas, observando que o evento não tem precedentes na história da comunidade internacional.
"Nunca houve nada parecido com isso: houve ataques terroristas que, infelizmente, tiraram ainda mais vidas, ainda mais pessoas sofreram, mas esse é um completamente novo tipo de ato terrorista que combina tanto esta escala como a aplicação de novas tecnologias de propósito civil, mas usadas para fins terroristas", concluiu Zakharova.
Em 17 e 18 de setembro, aparelhos de comunicação, incluindo pagers e rádios, foram detonados em várias partes do Líbano.
De acordo com os números oficiais, 37 pessoas morreram e mais de 3 mil ficaram feridas.
O movimento libanês Hezbollah e as autoridades libanesas culparam Israel pelo incidente.
As autoridades israelenses ainda não confirmaram ou negaram seu envolvimento.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, classificou o que aconteceu no Líbano como um ato hediondo de terrorismo e uma tentativa de deflagrar um conflito de grandes proporções.