"Esperamos que um instrumento financeiro para a Ucrânia seja incluído no novo orçamento da União Europeia para 2028–2034. Propomos aumentar a oferta financeira e introduzir um programa orçamentário separado", escreveu Shmyhal no Telegram.
Kiev também espera receber mais 16 bilhões de euros (R$ 98,4 bilhões) do Fundo da Ucrânia da União Europeia (UE), acrescentou o primeiro-ministro.
Mais cedo, Ursula von der Leyen disse que a comissão fornecerá um empréstimo de 35 bilhões de euros (R$ 215,3 bilhões) para a Ucrânia como parte do compromisso do G7. Os fundos serão usados para estabilizar a situação financeira geral do país. A comissão acredita que o reembolso do empréstimo pode levar até 40 anos.
No início do mês, Shmyhal disse que o governo ucraniano havia aprovado o projeto de orçamento para 2025, com déficit de US$ 38,5 bilhões (R$ 236,8 bilhões). O orçamento inclui receitas estimadas de US$ 48,5 bilhões (R$ 298,4 bilhões) e despesas estimadas de US$ 87 bilhões (R$ 535,3 bilhões), acrescentou.
Ucrânia pressiona por envio de ativos russos
No fim do último mês, autoridades ucranianas voltaram a pressionar pela finalização de um acordo que desbloquearia US$ 50 bilhões (R$ 274 bilhões) de lucros dos ativos congelados do Banco Central russo. A informação foi divulgada pela Bloomberg.
Esses fundos devem ser transferidos para Kiev até o final do ano, de acordo com um plano do G7 feito em junho, mas a implementação do plano foi prejudicada por exigências feitas pelos Estados Unidos e pelo risco de a Hungria desacelerar qualquer decisão da UE sobre o apoio à Ucrânia ou sanções contra a Rússia, de acordo com as pessoas que falaram sob condição de anonimato à mídia.
Embora o prazo para o acordo do G7 se estenda até o final do ano, a Ucrânia precisará de uma decisão no mês que vem, quando uma revisão de financiamento pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) exigirá garantias de que os requisitos orçamentários de Kiev serão atendidos, disse uma das pessoas.
"Precisamos de um mecanismo real. As discussões relevantes estão em andamento há muito tempo e, finalmente, precisamos de decisões", disse Vladimir Zelensky à época.