De acordo com a Reuters, o treinamento de 11 dias de duração também envolveu cerca de 50 empresas, as quais testaram sistemas de ponta para detectar e combater drones e avaliaram como eles funcionam juntos. O treinamento terminou com uma demonstração de interferência e invasão de veículos aéreos não tripulados.
O copresidente de um grupo de trabalho da OTAN sobre sistemas não tripulados, Claudio Palestini, disse que o exercício se adaptou às tendências da transformação da indústria, originalmente projetados para pilotos civis em armas mortais.
"A cada ano, vemos uma evolução da ameaça com a introdução de novas tecnologias", disse Palestini.
A proliferação de drones no conflito – para destruir alvos e inspecionar o campo de batalha – levou a aliança militar a aumentar seu foco na ameaça que eles poderiam representar.
"A OTAN leva essa ameaça muito, muito a sério [...]. Esse não é um domínio em que podemos nos dar ao luxo de ficar sentados e passivos", declarou Matt Roper, o chefe do Centro Conjunto de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento da agência de tecnologia da OTAN, citado pela mídia.
Especialistas alertaram a Aliança Atlântica de que ela precisa se atualizar rapidamente na guerra de drones.
"A OTAN tem muito poucos drones para uma luta de alta intensidade contra um adversário de igual para igual [...] seria muito difícil integrar efetivamente aqueles que já existem em um ambiente contestado", afirmou um relatório do think tank Centro de Análise de Política Europeia, divulgado em setembro do ano passado.
Na quarta-feira (18), o presidente russo Vladimir Putin anunciou que Moscou estava aumentando a produção de drones em dez vezes para quase 1,4 milhão neste ano, conforme noticiado.