O mandato do atual secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, está chegando ao fim. No dia 1º de outubro, na sede da OTAN em Bruxelas, ocorrerá a entrega oficial das funções na organização ao novo secretário-geral, o ex-premiê dos Países Baixos Mark Rutte.
Os autores do artigo observam que os 75 anos de história da OTAN provaram que esta organização não tornou a Europa ou o mundo mais pacíficos e seguros, mas a própria existência e expansão contínua da aliança foram a principal causa de dilemas de segurança.
"Pelo contrário, a 'paz duradoura' foi alcançada nos locais com menos intervenção da OTAN e da mentalidade de confrontação", escreve o artigo.
"Apelamos à OTAN para 'se aposentar' o mais rápido possível juntamente com o secretário-geral cessante, juntamente com os conceitos obsoletos da mentalidade da Guerra Fria e o jogo de soma zero, a prática errada de propaganda da força militar e a busca da 'segurança absoluta', bem como o comportamento perigoso que está destruindo a Europa e a região da Ásia-Pacífico", salienta o jornal.
É observado que a OTAN deveria ter cessado sua existência no final da Guerra Fria.
A mídia escreve que Stoltenberg tenta retratar a OTAN como defensora da segurança regional e até global, mas a retórica de que "a força militar é uma condição prévia para o diálogo" é apenas outra maneira de dizer que "a força gera o direito".
"Foi a expansão da OTAN que lançou as sementes da crise ucraniana, e sua expansão para a região da Ásia-Pacífico exportou as tensões geopolíticas para além das fronteiras da Europa", conclui o jornal.