Na mensagem, o primeiro-ministro diz: "Tenho uma mensagem para o povo do Líbano: a guerra de Israel não é com vocês, é com o Hezbollah", disse ele depois que os militares israelenses bombardearam mais de 1.300 alvos no norte e no sul do país.
"Não deixem o Hezbollah pôr o Líbano em perigo. Por favor, saiam do caminho do perigo agora", acrescentou, dizendo aos civis que eles podem retornar para suas casas "assim que nossa operação terminar".
No início do dia de hoje (23), o Centro de Situações de Emergência do Ministério da Saúde libanês informou que o número de mortos em ataques aéreos israelenses a assentamentos no sul do Líbano aumentou para 274, enquanto 5 mil pessoas ficaram feridas.
Também nesta segunda-feira (23), o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, disse que Israel quer arrastar o Oriente Médio para uma guerra total, provocando o Irã a se juntar ao conflito de quase um ano entre Israel e o Hezbollah no Líbano.
Falando a um grupo de jornalistas após sua chegada a Nova York para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), Pezeshkian afirmou que não quer ser a causa da instabilidade no Oriente Médio, pois suas consequências seriam irreversíveis, disse ele segundo a Reuters.
"Queremos viver em paz, não queremos guerra. É Israel que busca criar esse conflito total […]. Defenderemos qualquer grupo que esteja defendendo seus direitos e a si mesmo", declarou.
O líder também afirmou que "eles [os israelenses] estão nos arrastando para um ponto onde não queremos chegar […]. Não há vencedor na guerra, estamos apenas nos enganando se acreditarmos nisso".
Os Estados Unidos enviaram tropas adicionais para o Oriente Médio em meio ao bombardeio no Líbano, informou mais tarde o Pentágono.
A Defesa norte-americana disse que estava encaminhando um "pequeno número" de tropas adicionais para a região depois que milhares foram mobilizados anteriormente, com navios de guerra, caças e sistemas de defesa aérea.
"À luz do aumento da tensão no Oriente Médio e por excesso de cautela, estamos enviando um pequeno número de militares americanos adicionais para aumentar nossas forças que já estão na região. Mas, por razões de segurança operacional, não vou comentar ou fornecer detalhes", afirmou o secretário de imprensa do Pentágono, Pat Ryder, segundo a AP News.
A Casa Branca também se posicionou e declarou que o risco de escalada de violência no Oriente Médio é muito possível em meio ao recente aumento de tensões entre Israel e o Hezbollah, disse a secretária de imprensa, Karine Jean-Pierre.
O embate desta semana é o mais forte entre Israel e as forças do Hezbollah no Líbano desde a última guerra ocorrida entre os dois, em 2006.