Ao abrir sua fala, o presidente contou que sua obsessão pelo combate à fome se deve pela sua origem.
"É inadmissível que no século XXI, em um mundo com altas tecnologias, com o homem visitando vários planetas, a gente tenha criança que vai dormir de noite sem comer. A fome não é um fenômeno da natureza, a fome é irresponsabilidade dos governantes do mundo que não querem enxergar as pessoas mais pobres."
Lula também ressaltou o papel do Bolsa Família no combate à miséria, mas ponderou que o programa de transferência de renda não basta. Segundo ele, é preciso haver políticas de valorização do salário mínimo, políticas de crédito, estímulo ao crescimento com objetivos de criação de empregos e renda, para evitar a concentração de renda e promover o desenvolvimento sustentável.
Lula falou também que vive o "melhor momento de sua vida" por enfrentar internacionalmente o sistema financeiro global que permite a existência de cinco bilionários que têm mais dinheiro do que dez países do mundo. Ele ressaltou, ainda, que é preciso cuidar do planeta e afirmou não ser contra as pessoas serem ricas, mas ser contra a pobreza.
Às vésperas da Assembleia Geral da ONU, na terça-feira (24), que contará com o discurso do presidente brasileiro na abertura, Lula fez críticas à organização, dizendo que se a ONU "funcionasse", teria ajudado na construção da criação de um Estado palestino assim como contribuiu para a criação do Estado de Israel.
Além disso, Lula criticou os conflitos em curso no mundo e afirmou que "o mundo não pode continuar com cinco países sendo membros do Conselho de Segurança da ONU", criticando a ausência do Sul Global nas decisões.
A premiação da iniciativa Goalkeepers, criada em 2017, visa contribuir com ações que auxiliam no cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), o plano global composto por 17 metas, estabelecido durante a Assembleia Geral da ONU de 2015.