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Ante 'esfriamento com Venezuela', Brasília dá novo passo na negociação da dívida de Cuba com Brasil

De acordo com autoridades de Brasília e Havana, citadas pelo jornal O Globo, no período entre quarta-feira (18) e sexta-feira (20) passada, uma missão de técnicos dos Ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e do BNDES esteve com autoridades cubanas.
Sputnik
Naquela que foi a primeira reunião oficial entre os dois governos para discutir o assunto, Brasil e Cuba deram mais um passo na busca de caminhos para o pagamento da dívida do país caribenho com o governo brasileiro. A estimativa é de que o total de débitos vencidos e a vencer é de US$ 1,1 bilhão, o equivalente a R$ 5,5 bilhões, relata a mídia.
De acordo com o embaixador do Brasil em Havana, Christian Vargas, o encontro foi voltado exclusivamente para a conciliação de valores.
"Esta é etapa prévia necessária para que se possa avançar, em um segundo momento, na discussão sobre formas de retomar o fluxo de pagamentos", afirmou o embaixador.
No entanto, o jornal aponta que ainda não se chegou a uma fase de negociação propriamente dita. A ideia agora é que cada lado tenha os mesmos valores para iniciar uma conversa.
Em visita a Cuba, em setembro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado que, embora tenha interesse em quitar os débitos com o Brasil, os cubanos não podem pagar a dívida, pois as sanções aplicadas pelos Estados Unidos deixaram a economia da ilha caribenha em uma das piores crises de sua história. Daí a busca de uma solução negociada.
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A maioria dos recursos teve como origem o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financiava a exportação de serviços prestados por empresas brasileiras em vários países. O exemplo mais conhecido é o Porto de Mariel, localizado a cerca de 40 quilômetros a leste de Havana.
Além de Cuba, um dos países que o governo Lula tentou reaquecer o pagamento das dívidas foi a Venezuela, mas, de acordo com a mídia, as tratativas esfriaram depois que a eleição de Nicolás Maduro não foi reconhecida por Brasília.
Agora, diz o jornal, a renegociação da dívida da Venezuela com a área econômica do governo Lula deve deixar de ser prioridade.
No começo do ano passado, a Venezuela indicou disposição para pagar dívida milionária que tem com BNDES, que é de cerca de US$ 1,5 bilhão, ou cerca de R$ 8,5 bilhões.
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