"Condenamos veementemente os ataques militares em larga escala contra o Líbano. Gostaríamos especialmente de enfatizar nossa posição de princípio sobre a inadmissibilidade categórica de ataques indiscriminados contra civis", afirmou.
Zakharova sublinhou a necessidade de parar a espiral de violência antes que a situação fique completamente fora de controle.
"Pedimos a cessação imediata das hostilidades, o que evitaria mais derramamento de sangue e criaria condições para que a situação se encaminhasse para um acordo político e diplomático."
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo destacou, ainda, que deve ser feito "tudo o que for possível" para evitar que o Oriente Médio mergulhe em um conflito armado de grande escala.
Ela reiterou que a capital Moscou, inclusive, está pronta para coordenar parcerias, a fim de evitar esse cenário catastrófico. "Acreditamos que a segurança de qualquer Estado da região não deve ser garantida às custas de outros", acrescentou.
Na segunda-feira (23), Israel lançou uma série de ataques aéreos contra alvos do Hezbollah em áreas residenciais do sul do Líbano. Milhares de famílias que fugiram dos bombardeios ficaram presas em um engarrafamento que bloqueou a principal estrada para Beirute, demorando mais de oito horas para percorrer uma viagem de menos de 80 quilômetros.
De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, como resultado da agressão armada de 23 de setembro, o número de pessoas mortas foi de 492, entre elas mais de 90 mulheres e crianças, e o número de feridos ultrapassou 1.600.
Já na manhã desta terça-feira (24), conforme ressaltou a mensagem da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, uma família inteira de dez pessoas foi morta após outro ataque aéreo militar israelense no vale de Bekaa. Anteriormente, em 20 de setembro, a morte de mais de 50 pessoas foi o resultado da "operação de força pontual" de Israel na forma de ataque aéreo em um bairro densamente povoado em Beirute.