"Devo dizer que não há dúvida de que a situação de segurança global é agora a pior de longe. Acredito que essa afirmação é verdadeira também se compararmos o tempo que passou desde a Segunda Guerra Mundial. Devem ser tomadas medidas para mitigar os riscos ou para a desescalada dos conflitos na Ucrânia e em Gaza", declarou.
O chanceler da Hungria ainda destacou que as discussões em Nova York são uma oportunidade para os líderes mundiais se lembrarem do propósito da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Se eu olhar para as nove semanas anteriores de alto nível nas quais participei, não há dúvida de que a situação da segurança global é agora a pior", disse.
Lula critica anacronismo da ONU
Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu a Assembleia Geral e saudou a delegação palestina, presente pela primeira vez em caráter de observadora na reunião, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Crítico conhecido do anacronismo da ONU tanto no que diz respeito à sua representatividade em instâncias como o Conselho de Segurança, como no âmbito geral da própria assembleia que não consegue mais lidar com a mediação entre os Estados, o presidente brasileiro mencionou os atuais conflitos quentes ao redor do mundo, citando em especial Ucrânia e Gaza — para os quais menciona o Plano para Paz de seis pontos de Brasil e China, e a solução de Dois Estados, respectivamente.
"A vontade da maioria pode persuadir os que se apegam as expressões cruas aos mecanismos do poder. Neste plenário ecoam as aspirações de toda a humanidade. Aqui, travamos os grandes debates do mundo. Neste fórum buscamos as respostas para os problemas que afligem o planeta. Recai sobre a Assembleia Geral expressão maior do multilateralismo, a missão de pavimentar o caminho para o futuro. Muito obrigado e boa sorte", concluiu.