Panorama internacional

Analista: discurso de Zelensky na ONU mostra que Kiev não tinha e não tem nenhum 'plano de paz'

A declaração do atual líder ucraniano Vladimir Zelensky contra a realização de conversações com a Rússia para resolver o conflito na Ucrânia mostra que nunca teve um "plano de paz", disse à Sputnik o analista político Bogdan Bezpalko, membro do conselho presidencial russo sobre relações interétnicas.
Sputnik
Durante seu recente discurso no Conselho de Segurança da ONU, Zelensky criticou aqueles no mundo que "querem conversar" com o presidente russo Vladimir Putin sobre uma solução para o conflito.
Zelensky defendeu novamente o uso de sua "fórmula de paz" para resolver o conflito.
Ele também pediu a "preparação de uma segunda cúpula de paz" na Ucrânia para encerrar o conflito com a Rússia, mas não especificou o que seria discutido.
Zelensky convidou o Brasil, a China, outros países asiáticos, os países latino-americanos, os EUA e outros Estados a participarem do processo de resolução do conflito.
"Esse [discurso de Zelensky] mais uma vez prova e mostra que não havia e não há nenhum 'plano de paz' em Kiev. Em princípio, era claro que a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN], a entrega de armas adicionais e o financiamento não contribuem de forma alguma para um acordo de paz", disse Bezpalko.
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Ele observou que, sem a participação da Rússia, o avanço do "plano de paz" e um acordo são impossíveis.

"Portanto, se pode seguramente colocar uma cruz no 'plano de paz' de Zelensky", enfatizou o especialista.

Respondendo à pergunta da agência sobre por que então era necessário um "plano de paz" em geral, se a própria Ucrânia se recusa a negociar com o lado russo, Bezpalko apontou que isso é uma consequência da situação pré-eleitoral nos EUA, onde "o caso ucraniano é usado pelos dois lados na luta de um contra o outro".
Em sua opinião, isso também está relacionado à tendência geral de se lutar por negociações, que a Ucrânia decidiu usar como um "trampolim" para exigir mais assistência.
"[A Ucrânia] fez uma série de declarações em voz alta, depois fez exigências e agora descreveu completamente as condições", concluiu o especialista.
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Anteriormente, o chefe de Estado ucraniano Vladimir Zelensky disse em uma entrevista ao canal de TV norte-americano ABC News que seu chamado "plano de vitória" para a Ucrânia não tem nada a ver com negociações com a Rússia e tem como objetivo fortalecer as Forças Armadas da Ucrânia.
Uma fonte próxima a Zelensky também disse ao canal que a iniciativa de Zelensky contém indicadores da ajuda militar a Kiev e uma lista de algumas medidas políticas e diplomáticas.
A fonte acrescentou que o "plano" não inclui concessões à Rússia.
Em julho, o presidente russo Vladimir Putin disse que um cessar-fogo na Ucrânia é impossível sem o acordo do "lado oposto" sobre medidas irreversíveis aceitáveis para a Rússia.
Ele enfatizou que a Rússia não poderia permitir que o inimigo se aproveitasse do cessar-fogo para melhorar sua situação e restaurar suas forças.
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