De acordo com a AP, nos dias que antecederam os ataques aéreos de Israel ao Hezbollah, autoridades dos EUA alertaram o governo israelense de que tal estratégia levaria provavelmente a região à guerra. Conforme as fontes, as autoridades dos EUA indicaram a Israel que uma solução diplomática ainda era possível e que uma campanha militar poderia atrapalhar esses esforços.
Autoridades israelenses adotaram uma abordagem diferente para alcançar a paz e disseram aos representantes dos EUA que era hora de "escalar para desescalar", sugerindo que atacar o Hezbollah obrigaria o movimento a participar de negociações para encerrar o conflito.
Mais cedo hoje (25), o movimento xiita libanês Hezbollah disse que atingiu um centro de comando do Mossad perto de Tel Aviv, acrescentando que o movimento o responsabiliza pela eliminação de vários de seus líderes e pelas explosões de pagers no Líbano.
"Os combatentes da Resistência Islâmica alvejaram nesta quarta-feira, 25 de setembro de 2024 às 06h30 da manhã [00h30, horário de Brasília], a sede do Mossad nos subúrbios de Tel Aviv com um míssil balístico Qader-1. Esta sede é responsável por assassinar líderes e explodir pagers, bem como dispositivos sem fio", escreveu o movimento no Telegram.
Um correspondente da Sputnik relatou que sirenes de ataque aéreo soaram pela primeira vez desde a atual escalada com o movimento libanês Hezbollah em muitas cidades no centro de Israel, incluindo Tel Aviv e Netanya.
As Forças de Defesa de Israel (FDI), por sua vez, relataram que interceptaram um míssil terra-terra lançado do Líbano.
"Após as sirenes que soaram nas áreas de Tel Aviv e Netanya, um míssil terra-terra foi identificado cruzando o Líbano e foi interceptado pelas Forças de Defesa Aérea das FDI", disseram os militares no Telegram.