Lavrov e Guterres realizaram uma reunião bilateral após a 79ª sessão da Assembleia Geral em Nova York.
"A situação geopolítica atual e as tendências emergentes estão sendo analisadas. Os problemas mais urgentes da agenda internacional, incluindo a situação no Oriente Médio e na zona do conflito palestino-israelense, estão sendo examinados", destaca o comunicado.
Além disso, o ministro russo reiterou a importância de que os líderes e todos os funcionários da ONU respeitem rigorosamente os princípios de imparcialidade e equidistância, inclusive em relação aos crimes de Kiev.
De acordo com a nota, Lavrov pediu a Guterres que impeça que os representantes das estruturas da ONU "sejam arrastados para iniciativas politizadas de pseudo-paz no contexto da crise ucraniana".
Além disso, o diplomata russo chamou a atenção do secretário-geral para as contínuas violações por parte dos Estados Unidos de suas obrigações sob o acordo que criou as Nações Unidas em 1947.
"Lavrov ressaltou que a situação atual exige que Guterres inicie o mais rápido possível um procedimento de arbitragem contra os EUA, como foi declarado repetidamente nas resoluções pertinentes da Assembleia Geral da ONU", afirma o texto.
Entre outras coisas, ambas as partes expressaram o desejo de fortalecer ainda mais a interação construtiva entre Rússia e ONU e confirmaram o compromisso mútuo com o papel central de coordenação da entidade em assuntos globais.
Como o ministério descreveu anteriormente, um dos fatores determinantes na situação internacional continua a ser a crise em torno da Ucrânia, que o Ocidente usa como um "aríete" contra a Rússia.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, informou antes da Assembleia Geral que a principal tarefa da delegação russa será "restaurar e fortalecer o papel da ONU como garantia da segurança regional e global, promovendo a iniciativa de construção de uma arquitetura de segurança eurasiana, contrariando as intenções neocoloniais dos ocidentais".