Ciência e sociedade

Desmatamento da América do Sul é muito visível do espaço, diz cosmonauta recordista russo

A América do Sul foi a região da Terra que mais mudou nas últimas duas décadas, com o espaço mostrando como a área florestal do continente está diminuindo, disse o cosmonauta russo recordista em estadia no espaço, Oleg Kononenko.
Sputnik
O cosmonauta acabou de voltar de sua quinta expedição ao espaço. Kononenko é o primeiro terráqueo a trabalhar no espaço por mais de mil dias, com seu tempo de voo totalizando 1.111 dias.

"A Terra está mudando. A América do Sul está mudando em grande escala. A área de florestas lá está diminuindo, e isso pode ser visto significativamente a olho nu. Há muitos incêndios, a África está queimando, a América do Sul está queimando", disse Kononenko na coletiva de imprensa após o voo.

Ao mesmo tempo, ele expressou confiança de que a Terra é um "organismo que evolui por si mesmo" e que, no final, "não vai deixar se destruir".
Uma floresta queima na Amazônia, no município de Manaquiri, no estado do Amazonas
Além disso, quando perguntado sobre a existência da vida alienígena no espaço Kononenko respondeu:
"Se algum dia encontrarmos alienígenas, meu primeiro e principal interesse será descobrir como chegaram até nós".
Além disso, o cosmonauta estaria interessado em saber o que atraiu os alienígenas à Terra, por que eles escolheram nosso planeta.
Os cosmonautas russos Kononenko e Nikolai Chub retornaram em 23 de setembro da Estação Espacial Internacional (EEI) na espaçonave Soyuz MS-25 com a norte-americana Tracy Dyson.
Kononenko e Chub estabeleceram um novo recorde de duração do voo nessa estação – 374 dias.
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