O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou neste sábado (28) que o assassinato do secretário-geral do movimento libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi uma "medida de justiça" e expressou o apoio dos EUA a Israel.
A morte de Nasrallah foi confirmada pelo Hezbollah na manhã deste sábado. Ele foi assassinado em um ataque aéreo israelense nos subúrbios ao sul de Beirute na sexta-feira (27).
Em comunicado divulgado pela Casa Branca, Biden acusou Nasrallah pela morte de centenas de americanos.
"Hassan Nasrallah e o grupo terrorista que ele liderou, o Hezbollah, foram responsáveis por matar centenas de americanos ao longo de um reinado de terror de quatro décadas. Sua morte em um ataque aéreo israelense é uma medida de justiça para suas muitas vítimas, incluindo milhares de americanos, israelenses e civis libaneses", disse Biden.
Biden acrescentou que os EUA apoiam o que chamou de direito de Israel de se defender contra o Hezbollah, o movimento palestino Hamas, as milícias houthis e "quaisquer outros grupos terroristas apoiados pelo Irã".
Em seguida, ele afirmou que Washington tem como objetivo reduzir a tensão na Faixa de Gaza e no Líbano por meio da diplomacia.
"Em Gaza, temos buscado um acordo apoiado pelo Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo e a libertação de reféns. No Líbano, temos negociado um acordo que retornaria as pessoas em segurança para suas casas em Israel e no sul do Líbano. É hora de esses acordos serem fechados, de as ameaças a Israel serem removidas e de a região mais ampla do Oriente Médio ganhar maior estabilidade", disse Biden.
Neste sábado, a Rússia condenou em "fortes termos" o assassinato de Nasrallah. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores russo alertou que o crime pode ter graves consequências para o Líbano e todo o Oriente Médio.
"Condenamos veementemente o novo assassinato político cometido por Israel. Esta ação enérgica pode ter consequências dramáticas ainda maiores para o Líbano e todo o Oriente Médio. O lado israelense estava consciente deste perigo, mas tomou outra medida semelhante: matou cidadãos libaneses, o que o que provocará quase inevitavelmente um novo aumento da violência", indicou o comunicado publicado no site da chancelaria russa.
O MRE russo apelou a Israel para que cesse imediatamente as hostilidades após o assassinato, e garantiu que a comunidade internacional deve fazer todo o possível para evitar que o Oriente Médio mergulhe em um confronto em grande escala.