As bombas utilizadas pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) no ataque aéreo em Beirute que matou o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foram possivelmente fabricadas nos EUA. A informação foi dada neste domingo (29) em um artigo publicado no jornal Washington Post.
No artigo, especialistas que analisaram as cenas do ataque aéreo afirmaram que pelo menos algumas das bombas lançadas pelas FDI eram do modelo BLU-109 – bomba de penetração fabricada nos EUA para explodir dentro de abrigos de concreto.
Eles também identificaram o uso de JDAM (sigla em inglês para Joint Direct Attack Munition), também chamado de Arma de Escolha do Combatente, dispositivo fabricado nos EUA que converte bombas de queda livre não guiadas em armas de orientação exata inteligentes.
O artigo cita Trevor Ball, ex-técnico em desarmamento de explosivos do Exército dos EUA, que afirma que as bombas de modelo BLU-109 "são projetadas para penetrar até 1,80 metros de concreto armado".
"Três analistas que analisaram um vídeo compartilhado pela Força Aérea Israelense no sábado disseram que ele mostrava caças carregando várias bombas [...], pelo menos algumas das quais eram BLU-109s de fabricação americana e kits de orientação JDAM", diz o texto.
O artigo, no entanto, acrescenta que não há como ter certeza de quais foram as munições lançadas no momento da explosão.
Mais cedo, o major-general, Pat Ryder, secretário de imprensa do Pentágono, divulgou um comunicado afirmando que os EUA aumentaram a prontidão de forças adicionais americanas para serem enviadas ao Oriente Médio, e que Washington "mantêm a capacidade de mobilizar forças em curto prazo".