Panorama internacional

Países árabes aumentam envio de petrodólares para investimento em IA no Vale do Silício

Países ricos em petróleo, como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Catar, têm buscado diversificar suas economias e estão recorrendo a investimentos em tecnologia como forma de proteção.
Sputnik
Fundos soberanos do Oriente Médio estão emergindo como principais financiadores dos "queridinhos" da inteligência artificial (IA) do famoso Vale do Silício.
Só no ano passado, o financiamento para empresas de IA por soberanos do Oriente Médio aumentou cinco vezes, de acordo com dados da Pitchbook, citados pela CNBC.
A MGX, um novo fundo de IA dos Emirados Árabes Unidos sediada em Abu Dhabi, estava entre os investidores que buscavam uma fatia da última arrecadação de fundos da OpenAI esta semana, disseram duas fontes à mídia.
No início desta semana, a MGX fechou uma parceria em infraestrutura de IA com a BlackRock, Microsoft e Global Infrastructure Partners, visando levantar até US$ 100 bilhões (R$ 543 bilhões) para data centers e outros investimentos em infraestrutura.
O Fundo de Investimento Público (PIF, na sigla em inglês) da Arábia Saudita está em negociações para criar uma parceria de US$ 40 bilhões (R$ 217 bilhões) com a empresa de capital de risco dos EUA Andreessen Horowitz. Ele também lançou um fundo dedicado à IA chamado Saudi Company for Artificial Intelligence, ou SCAI.
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A Mubadala dos Emirados Árabes Unidos também investiu na rival da OpenAI, Anthropic, e está entre os investidores de risco mais ativos, com oito negócios de IA nos últimos quatro anos, de acordo com a Pitchbook.
O Oriente Médio está usando as parcerias do Vale do Silício para atingir suas próprias metas: tornar-se uma potência em IA e diminuir sua dependência econômica do petróleo, cuja demanda global está projetada para atingir o pico nesta década.
Para os EUA, ter fundos soberanos investindo em empresas norte-americanas, e não em adversários globais como a China, tem sido uma prioridade geopolítica. Ao mesmo tempo, ignoram as preocupações com direitos humanos, uma vez tão reivindicada pelo governo norte-americano, em nome dos novos negócios.
Jared Cohen, do Goldman Sachs Global Institute, disse que há uma quantidade desproporcional de capital vindo de nações como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, e uma disposição para implantá-lo ao redor do mundo. Ele os descreveu como "Estados oscilantes geopolíticos".
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