Panorama internacional

Papa condena assassinato de Nasrallah: 'Mesmo na guerra, a moralidade deve ser observada'

Pontífice afirma que em guerras há regras de moralidade que determinam que o ataque deve ser sempre proporcional à defesa.
Sputnik
O papa Francisco comentou neste domingo (29) a morte de Hassan Nasrullah, secretário-geral do grupo libanês Hezbollah, em um bombardeio perpetrado por Israel.
O pontífice rechaçou o ataque, frisando que mesmo em guerras é necessário respeitar as regas da moralidade. O comentário foi feito em coletiva a jornalistas a bordo do avião papal, quando Francisco retornava de uma missão apostólica na Bélgica e em Luxemburgo.
"Não entendo completamente como tudo aconteceu, mas o ataque deve ser sempre proporcional à defesa. Quando algo desproporcional acontece, aparece uma tendência dominante que vai além da moralidade", disse o papa.
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O papa Francisco qualificou de imorais as ações de qualquer país que as comete a partir de uma posição de força.
"Mesmo na guerra, a moralidade deve ser observada. A guerra é imoral, mas as regras da guerra pressupõem alguma moralidade", afirmou.
No sábado (28), o Hezbollah confirmou a morte de Nasrullah como resultado de um ataque aéreo israelense nos subúrbios ao sul de Beirute.
A morte de Nasrullah gerou temor de mais escalada de violência no Oriente Médio, conforme alertou, em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, que condenou o assassinato.
"Condenamos veementemente o novo assassinato político cometido por Israel. Esta ação enérgica pode ter consequências dramáticas ainda maiores para o Líbano e todo o Oriente Médio. O lado israelense estava consciente deste perigo, mas tomou outra medida semelhante: matou cidadãos libaneses, o que o que provocará quase inevitavelmente um novo aumento da violência", indicou o comunicado publicado no site da chancelaria russa.
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