Panorama internacional

Declaração dos EUA e da Defesa de Israel apontam para operação terrestre iminente no Líbano

Israel informou aos Estados Unidos sobre uma série de operações terrestres limitadas no Líbano que está planejando, disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, nesta segunda-feira (30).
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Ao mesmo tempo, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse aos chefes de conselho locais no norte de Israel que a próxima fase da guerra ao longo da fronteira sul do Líbano começaria em breve e apoiou o objetivo de trazer de volta os israelenses que fugiram dos foguetes do Hezbollah durante quase um ano de guerra na fronteira.

"Eles nos informaram sobre uma série de operações. Eles nos disseram, neste momento, que essas são operações limitadas, focadas na infraestrutura do Hezbollah perto da fronteira, mas estamos em conversas contínuas sobre isso", disse Miller, citado pelo jornal The Times of Israel.

Segundo a mídia, o porta-voz foi questionado sobre se os EUA acham produtivo que Tel Aviv siga em frente com planos de incursões limitadas no Líbano enquanto Washington tenta negociar uma resolução diplomática para o conflito.

"Reconhecemos que às vezes a pressão militar pode permitir a diplomacia. Isso é verdade. Também é verdade que a pressão militar pode levar a erros de cálculo. Pode levar a consequências não intencionais. O que continuaremos a comunicar a eles é que, embora apoiemos o direito deles de se defenderem contra o terrorismo, apoiamos os esforços para garantir que os cidadãos israelenses retornem para suas casas e, em última análise, acreditamos que uma resolução diplomática é a melhor maneira de conseguir isso", respondeu, citado pela mídia.

Enquanto isso, em Israel, Gallant também disse às tropas, de acordo com a Reuters: "Usaremos todos os meios que forem necessários — suas forças, outras forças, do ar, do mar e da terra. Boa sorte".
Amal Al-Hourani, prefeito de Jdeidet Marjayoun, uma vila libanesa de maioria cristã a menos de 10 km da fronteira, disse à Reuters que dois moradores receberam ligações, aparentemente do Exército israelense, dizendo para eles evacuarem a área o mais rápido possível.
Ao passo que aumentaram os indícios de uma iminente operação terrestre israelense no Líbano, o vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem, em seu primeiro discurso público desde que os ataques aéreos israelenses mataram o então chefe do grupo, Hassan Nasrallah, na sexta-feira (27), afirmou que "as forças de resistência estão prontas para um combate terrestre".
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Enquanto ele discursava nesta segunda (30), os ataques aéreos israelenses em Beirute e em outros lugares do Líbano continuavam, estendendo uma campanha que eliminou vários comandantes do Hezbollah, mas também matou cerca de mil civis e forçou 1 milhão deles a fugir de suas casas, de acordo com o governo libanês.
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, também fez um discurso ao Irã hoje (30), no qual reafirmou que "não há lugar algum no Oriente Médio fora do alcance de Israel".
Falando em inglês em um vídeo de três minutos divulgado por seu gabinete, no qual disse que estava se dirigindo ao povo iraniano, reafirmou o que já havia dito no final de semana: "Não há lugar no Oriente Médio que Israel não possa alcançar. Não há lugar onde não iremos para proteger nosso povo e proteger nosso país", disse.
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, lamentou hoje os padrões duplos adotados pelos governos dos EUA e da Europa em relação aos direitos humanos, declarando que "o silêncio dos ocidentais sobre o massacre de muçulmanos nas mãos do regime israelense equivale ao consentimento para esses crimes", relatou a agência Tasnim.
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