"O potencial da economia mexicana e brasileira é extraordinário. Eu acho que nós ainda não conseguimos utilizar 70% do potencial que nós temos e, por isso, precisamos fazer novos acordos. Discutir a fundo, sem medo, tendo sempre em conta que uma boa política de relação comercial é uma via de duas mãos", disse o presidente brasileiro durante o discurso que abriu o evento.
Lula defendeu uma relação "equilibrada" e enfatizou o desejo de promover o crescimento econômico em diversas frentes, começando na área tecnológica com o desenvolvimento da inteligência artificial.
O líder brasileiro foi ao México para participar da cerimônia de posse da presidente eleita, Claudia Sheinbaum, na terça-feira (1º). No dia anterior, ele planejou encontrar-se com ela e com o presidente que passará a faixa, Andrés Manuel López Obrador.
Durante o evento com empresários, os membros do Conselho Empresarial Brasil-México (Cebramex) entregaram a Lula um documento com as prioridades do setor privado dos dois países para melhorar o ambiente de negócios.
No contexto do fórum empresarial, a Embraer e a Federação Mexicana da Indústria Aeroespacial assinaram um memorando com o objetivo de promover oportunidades no setor aeroespacial.
Além disso, o Brasil quer aprimorar o acordo de cooperação econômica com o México que previa a eliminação ou redução de tarifas para produtos automotivos.
Em 2023, o Brasil exportou US$ 8,57 bilhões (R$ 46,70 bilhões) para o México e importou US$ 5,54 bilhões (R$ 30,19 bilhões), o que representou um superávit de mais de 3 bilhões de dólares (R$ 16,35 milhões) a favor do Brasil, o maior valor registrado desde 2006.