Este é o primeiro FIP do BNDES focado em mineração, que será gerido pela empresa de negócios de mineração Ore Investments e pelas gestoras de recursos JGP e BB Asset, esta do Banco do Brasil, vencedoras do certame. A proposta campeã agora participará da rodada final, de avaliação das condições contratuais, regulamento do fundo e diligências legais.
O anúncio teve a participação do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e do presidente da Vale, Gustavo Pimenta.
Anunciado em maio, o edital prevê que a subsidiária BNDES Participações S.A. (BNDESPAR) e a Vale subscrevam cotas no valor mínimo de R$ 100 milhões e máximo de R$ 250 milhões cada, observado o percentual máximo de participação individual de 25% no capital comprometido total do fundo.
"A criação do fundo de minerais estratégicos dá continuidade ao apoio do BNDES ao setor de mineração. Nos últimos dez anos, foram investidos R$ 8,3 bilhões em financiamentos para cerca de 1.800 empresas. A exploração sustentável dos minerais críticos será fundamental para colocar o Brasil na liderança global da transição energética, um dos objetivos centrais do governo do presidente Lula", disse Mercadante.
De acordo com o BNDES, a iniciativa busca mobilizar até R$ 1 bilhão, que poderá ser investido em até 20 empresas júnior e de médio porte que atuem em pesquisa mineral, desenvolvimento e implantação de novas minas de minerais estratégicos no Brasil.
O fundo vai priorizar os minerais para transição energética e descarbonização, sendo eles cobalto, cobre, estanho, grafita, lítio, manganês, minério de terras-raras, minérios do grupo da platina, molibdênio, nióbio, níquel, silício, tântalo, titânio, tungstênio, urânio, vanádio e zinco.
Fosfato, potássio e remineralizadores, minerais fundamentais para a fertilidade do solo, também estão no rol de elementos abrangidos pelo fundo.