"Foi dada por encerrada a condição de refugiado de Juan Evo Morales Ayma", anunciou o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, nas redes sociais.
O ex-presidente boliviano permaneceu 11 meses em Buenos Aires a partir da condição de refugiado que recebeu, em 12 de dezembro de 2019, após o golpe de Estado que seu governo sofrera, em 10 de novembro de 2019. Antes da Argentina, ele tinha ido para o México.
O mesmo status de refugiado foi concedido ao vice-presidente de seu governo, Álvaro García Linera; à ex-ministra da Saúde, Gabriela Montaño; e ao ex-embaixador da Bolívia na Organização dos Estados Americanos (OEA), José Alberto Gonzáles, que chegaram com Morales à capital argentina.
Morales foi reeleito nas eleições gerais bolivianas de 20 de outubro de 2019, mas acabou sendo forçado a renunciar, em meio a protestos sociais, acusações de fraude, levante policial e sugestão de reação por parte das Forças Armadas.
Em 11 de novembro desse mesmo ano, a ex-senadora Jeanine Áñez assumiu a presidência, o que provocou outra onda de manifestações sociais.
Morales teve que fugir do país para não ser preso pelo governo interino de Áñez (2019–2020). Ela acabou condenada pela Justiça boliviana a dez anos de prisão, em junho de 2022, por ter participado do golpe de 2019 que destituiu Morales.
Evo retornou à Bolívia em novembro de 2020, após a vitória nas urnas, em primeiro turno, do atual presidente, Luis Arce, que era então um aliado político. Hoje eles são rivais.