"[Os israelenses] já estiveram lá antes. Eles acham que é um território familiar. Mas o que eles não percebem é que as coisas mudaram significativamente no Líbano. O Hezbollah e assim por diante estão se preparando para esse tipo de ataque", disse um dos principais especialistas africanos em relações internacionais à Sputnik África.
O dr. Van Heerden também enfatizou que, com a adição de ataques de mísseis iranianos, Israel agora enfrenta múltiplas frentes, complicando ainda mais a situação. "O momento dessa invasão certamente não é bom", disse ele.
Para o especialista, no entanto, a situação ainda não chegou ao ponto sem retorno, sugerindo que a pressão internacional de países como os Estados Unidos ainda poderia forçar Israel a acalmar o conflito.
"O primeiro-ministro [israelense Benjamin] Netanyahu tem desejado intensificar a guerra, tem desejado atrair o Irã em particular para a guerra, porque isso significa que ele pode continuar com o esforço de guerra, continuar permanecendo em sua posição, porque, como você sabe, ele não quer que a guerra pare", afirmou.
O acadêmico sul-africano também enfatizou a necessidade de um cessar-fogo, instando o governo israelense a parar de violar o direito internacional humanitário e acabar com a violência em andamento contra civis. Só então, ele argumenta, as partes podem chegar à mesa de negociações.
"A matança de civis tem que parar", disse ele. "O jogo está realmente nas mãos de Israel. E no momento, dado o apoio massivo que eles estão recebendo das potências ocidentais [...] Israel não vai parar enquanto tiver o apoio e o suporte de todos esses países."