De acordo com a Reuters, uma escalada no conflito entre Israel e o grupo militante xiita Hezbollah, apoiado pelo Irã, levou as forças israelenses e do Hezbollah nas duas últimas semanas a um confronto direto dentro do Líbano, alimentando temores de uma guerra regional mais ampla.
Enquanto alguns analistas dizem que o conflito de Israel no Líbano tem potencial para encerrar de uma vez com a guerra em Gaza, autoridades de países mediadores e moradores do enclave palestino estão céticos de que um cessar-fogo seja atingido mesmo ante a pressão norte-americana por contenção por parte do governo de Benjamin Netanyahu.
"O foco está no Líbano, o que significa que a guerra em Gaza não vai acabar tão cedo", disse Hussam Ali, um morador de 45 anos da cidade de Gaza que disse que sua família foi deslocada sete vezes desde que o conflito entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro do ano passado, à Reuters.
Na noite de terça-feira (1º), após o lançamento de mísseis balísticos do Irã contra Israel — aclamados por Teerã como direito à autodefesa, os israelenses prometeram uma resposta "dolorosa", enquanto moradores de Gaza celebraram a resposta iraniana.
Segundo a apuração, Sami Abu Zuhri, um alto funcionário do Hamas, disse que as perspectivas de um acordo de cessar-fogo em Gaza com a troca de reféns israelenses por presos palestinos era distante antes da escalada no Líbano, mas acredita que a conflagração regional poderia aumentar à pressão sobre Israel para fechar um acordo em Gaza.
Entretanto, ainda segundo a apuração, é pouco provável que após toda a pressão da comunidade internacional — recentemente expressa em manifestações nas redes sociais e em órgãos multilaterais, como as mais diversas instâncias da ONU — Tel Aviv ceda em seu objetivo de prosseguir com o conflito na região.