Panorama internacional

Israel não considera ataques às instalações nucleares do Irã, diz mídia

Israel não está considerando lançar ataques às instalações nucleares do Irã e o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que os Estados Unidos se oporiam a tal ataque, informou o jornal Financial Times (FT) nesta quinta-feira (3), citando uma pessoa familiarizada com a situação.
Sputnik
No início da semana, o The Wall Street Journal informou que Israel havia alertado o Irã de que responderia a qualquer ataque em seu território, independentemente de sua escala, e se o Irã atacasse o território de Israel, Israel lançaria ataques diretos contra a infraestrutura nuclear e petrolífera do Irã.
O FT informou que Israel estava avaliando várias opções de resposta para retaliar o Irã, incluindo ataques a lançadores de mísseis ou infraestrutura petrolífera. Algumas autoridades israelenses teriam pedido ataques contra as instalações nucleares do Irã, embora a pessoa familiarizada com o assunto tenha dito que isso não estava sendo considerado.
Ainda na quarta-feira (2), o presidente dos EUA, Joe Biden, falou com os outros líderes do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) para coordenar sanções a Teerã pelo ataque e aconselhar Israel sobre sua resposta.

"Discutiremos com os israelenses, o que eles farão [...], todos os sete concordamos que eles têm o direito de responder, mas devem responder proporcionalmente", disse Biden aos repórteres após a ligação, segundo apuração do FT, afirmando ainda que se oporia a ataques à infraestrutura nuclear do Irã.

As fontes disseram que os EUA e outros aliados ocidentais, em vez disso, pediram que Israel se concentrasse em alvos militares, acrescentando que, ao mesmo tempo, Israel estava se tornando mais autoconfiante após o recente assassinato do líder do movimento libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, e outros altos funcionários. As autoridades israelenses podem estar preparadas para assumir perdas militares e políticas para estarem do lado vencedor, disse a apuração.
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O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse na quarta-feira que os EUA se opõem fortemente a quaisquer ações que possam levar a um grande conflito militar no Oriente Médio, acrescentando que o país estava em negociações com Israel sobre uma possível resposta ao último ataque de mísseis do Irã.
Na terça-feira (1º), o Irã disparou uma enorme quantidade de mísseis contra Israel, chamando-a de um ato de autodefesa. Os militares israelenses disseram que cerca de 180 mísseis balísticos foram disparados, a maioria dos quais foi interceptada. Em resposta, o Irã lançou cerca de 400 mísseis em direção a Israel, dizendo que tinha como alvo as principais instalações militares e de segurança em Israel.

O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, alertou que o Irã enfrentaria "consequências severas" pelos ataques, que ele descreveu como "derrotados e ineficazes", acrescentando que os EUA "trabalhariam com Israel para lidar com a situação".

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