Durante evento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), ele afirmou que o baixo volume de comércio latino-americano é um obstáculo ao desenvolvimento econômico, mas garantiu que o governo federal tem feito esforços para suplantar isso.
Ele chegou a comparar a situação latino-americana com as da União Europeia e dos Estados Unidos, afirmando que "70% do comércio europeu é realizado entre os próprios membros, enquanto na América Latina essa taxa é de apenas 26%".
Para Alckmin, o Brasil precisa "reconquistar os vizinhos" e fortalecer os laços comerciais com os países da região, gerando valor agregado e mais empregos.
O vice-presidente defendeu o acordo Mercosul-União Europeia e está esperançoso de que seja aprovado.
O também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços defendeu a revisão do acordo comercial com o México. Segundo Alckmin, o país norte-americano se beneficia de sua proximidade com os Estados Unidos, um exemplo do conceito de nearshoring, em que países próximos a grandes mercados têm vantagens comparativas significativas.
Por fim, durante sua fala, também mencionou que o Mercosul tem acordos comerciais com países como Israel, Egito e Palestina, mas enfatizou que o bloco ainda está "isolado", o que dificulta o avanço em outras frentes comerciais globais.
Como está atualmente o comércio exterior do Brasil?
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, anunciou durante o evento o lançamento de uma nova ferramenta que visa ampliar as oportunidades de exportação para as empresas brasileiras.
"É fundamental buscar a nossa integração, a integração da América Latina e da África, para que juntos possamos defender nossos interesses e promover o desenvolvimento sustentável."
A ferramenta reúne licitações de governos estrangeiros da América do Sul e de organizações internacionais em um único espaço.
De acordo com Viana, compras governamentais representam, em média, 15% do produto interno bruto (PIB) dos países, o que evidencia a importância do setor exportador brasileiro.
"O Brasil é uma potência na área de alimentos, energia, biodiversidade, água doce, e é fundamental que a gente se una na América Latina para buscar a integração da nossa região."