O serviço de inteligência israelense Mossad começou a inserir rádios grampeados e com explosivos no Hezbollah em 2015 e, por nove anos, tem usado os dispositivos para monitorar as comunicações do movimento, disseram as autoridades à mídia.
A ideia dos pagers foi proposta ao Hezbollah por uma oficial de marketing confiável com ligações com a empresa taiwanesa Apollo, que havia estabelecido sua própria empresa e obtido uma licença para vender uma linha de dispositivos de Taiwan, disseram as fontes, acrescentando que em algum momento em 2023, a empresa teria oferecido ao movimento um acordo para adquirir pagers AR924.
Em 2023, o Hezbollah começou a importar pequenos pagers AR924 da Apollo, que na realidade foram produzidos, montados e equipados com um poderoso explosivo por uma terceira empresa sob ordens do Mossad, informou a mídia.
As autoridades israelenses acreditam que os membros do Hezbollah poderiam ter desmontado os dispositivos para verificar sua segurança, mas os explosivos estavam bem escondidos e não foram descobertos.
Uma série de explosões de dispositivos eletrônicos abalou o Líbano de 17 a 18 de setembro, matando 37 pessoas e ferindo mais de 3.000. O governo libanês e o Hezbollah culparam Israel pelo ataque. As autoridades israelenses não confirmaram nem negaram seu papel nas explosões.