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São Paulo terá 2º turno entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos nas eleições municipais

As eleições em São Paulo serão decididas em segundo turno entre o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). O pleito na maior cidade do país foi considerado o mais disputado na história e marcado por polêmicas. A diferença de Boulos para Pablo Marçal (PRTB) foi de pouco mais de 57 mil votos.
Sputnik
Após a disputa mais acirrada da história, as eleições municipais serão decididas em São Paulo no segundo turno, que acontece no dia 27 de outubro. O embate ficou entre Ricardo Nunes, que registrou 29,48% dos votos (1.800.432 votos), e Guilherme Boulos, com 29,07% (1.775.540 votos). Até o momento, foram apuradas 99,97% das urnas.
Já no terceiro lugar, ficou Pablo Marçal, com 28,14% dos votos (1.718.669 votos). Em quarto, aparece a candidata Tabata Amaral (PSB), com 9,92% (605.328 votos). Na sequência, aparecem:
Datena (PSDB) - 1,84%
Marina Helena (Novo) - 1,38%
Ricardo Senese (UP) - 0,09%
Altino Prazeres (PSTU) - 0,05%
João Pimenta (PCO) - 0,02%
Bebeto Haddad (DC) - 0,01%

Vereadores mais votados em SP

Na capital paulista, Lucas Pavanato (PL) foi o candidato a vereador mais votado, escolhido por 161 mil eleitores. Na sequência, aparecem Ana Carolina Oliveira (Podemos), com 129 mil votos, Dr. Murillo Lima (PP), com 113 mil, e Sargento Nantes (PP), com 112 mil.
Ao todo, foram registrados quase 6,7 milhões de votos em São Paulo. Para a eleição majoritária, 238 mil eleitores votaram em branco e 416 mil anularam.
São Paulo teve uma eleição marcada por agressões, compartilhamento de documentos e informações falsas e uma disputa muito acirrada entre os candidatos, conforme mostraram as pesquisas eleitorais. Em quase todos os levantamentos ao longo da campanha, Boulos, Nunes e Marçal apareceram empatados tecnicamente na primeira posição.
De um lado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apostou na reeleição do prefeito Ricardo Nunes, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apoiou o deputado federal Guilherme Boulos. Já Marçal tentou explorar a figura de Bolsonaro, apesar de não conseguir um apoio formal.
Um dos fatos mais marcantes foi a cadeirada de Datena contra Marçal no debate promovido pela TV Cultura em setembro. Na ocasião, o candidato do PRTB falava sobre um processo de assédio sexual movido contra o jornalista e que foi arquivado. Já na semana seguinte, o ex-coach chegou a ser expulso no debate realizado no Flow News após desrespeitar as regras.
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Veja abaixo o perfil dos candidatos

Guilherme Boulos

Guilherme Boulos é político, ativista social, professor e psicólogo. Nasceu em 19 de agosto de 1982 na capital paulista e ficou conhecido na luta pela habitação e direitos humanos. Boulos foi coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Teto (MTST) e atua na militância social desde os 15 anos.
Em 2018, Boulos foi o candidato do PSOL para a Presidência da República e recebeu mais de 617 mil votos, 0,58% dos votos válidos.
Já em 2020, chegou a disputar o segundo turno das eleições na capital paulista, quando recebeu 2,1 milhões de votos (40,62% do total) e perdeu para o prefeito da época, Bruno Covas. Nas eleições de 2022, foi eleito o deputado federal mais votado de São Paulo, com 1,01 milhão de votos.
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Ricardo Nunes

Já Ricardo Nunes é político e servidor público. Nasceu em 29 de dezembro de 1966 na capital paulista e é filiado ao MDB desde os 18 anos. Ficou conhecido por atuar como empresário no ramo de controle de pragas em portos, e por ter fortes relações com setores da Igreja Católica.
Em 2012 e 2016, foi eleito vereador pela maior cidade do país. No período, presidiu na Câmara Municipal a CPI da Sonegação Fiscal, que levou à recuperação de R$ 1,2 bilhão de devedores de impostos municipais, principalmente instituições financeiras.
Já em 2020, foi escolhido para ser candidato a vice-prefeito na chapa do prefeito Bruno Covas, que era presidente municipal do seu partido. Com a morte de Covas em maio de 2021, que enfrentava um câncer no trato digestivo e na época tinha 41 anos, Nunes assumiu a Prefeitura de São Paulo.
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