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Número de ucranianos no Reino Unido se multiplica em pouco tempo: problemas para o governo à vista?

O aumento da população ucraniana no Reino Unido passou de 40 mil para 160 mil pessoas após o início da operação russa em 2022, segundo o Observatório das Migrações da Universidade de Oxford. O aumento acelerado desses imigrantes pode representar um problema para o governo britânico, diz um veículo de mídia local.
Sputnik
O governo britânico permitiu a entrada de pessoas que saíram da Ucrânia, se os britânicos se oferecessem para abrigá-los por seis meses, ao contrário dos requerentes de asilo de outras nações, que geralmente ficam alojados em hotéis, disse o The Economist.
Segundo a reportagem, dois terços dos ucranianos adultos que chegam ao Reino Unido são mulheres, porque os homens só podem sair da Ucrânia se forem mais velhos, tiverem um problema de saúde ou tiverem pelo menos três filhos.
De acordo com o Gabinete de Estatísticas Nacionais do Reino Unido (ONS, na sigla em inglês), 80% dos migrantes têm uma licença e a maioria trabalha. Um quinto trabalha remotamente nas suas antigas empresas, mas muitos estão subempregados, indicou a mídia inglesa.
A pesquisa da ONS perguntou aos ucranianos onde eles prefeririam viver se acreditassem que o seu país era seguro. Em abril, 68% deram o Reino Unido como resposta, contra 52% no ano anterior. Quase metade não visitou a Ucrânia desde que saiu do país.
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Embora o governo britânico permita que os ucranianos trabalhem e recebam benefícios, incluindo cuidados de saúde, eles são tratados como visitantes temporários e não como refugiados, observou o The Economist.
Depois de passarem cinco anos na ilha europeia, a maioria dos trabalhadores estrangeiros e refugiados podem solicitar residência permanente, como no caso dos cidadãos de Hong Kong que entraram sob um regime especial de vistos. Os ucranianos, no entanto, só foram autorizados a permanecer três anos e a prorrogar os seus vistos por mais um período de 18 meses, informou a mídia.
O novo governo trabalhista do Reino Unido enfrenta um "dilema", especialmente se o conflito na Ucrânia continuar, notou a reportagem. O Estado terá que decidir o futuro dos ucranianos que chegaram ao Reino Unido e que se estabeleceram rapidamente junto com seus filhos.
"Os regulamentos [para os ucranianos] foram criados pelo último governo conservador. E deixam um dilema para o Partido Trabalhista, especialmente se a guerra se prolongar", afirmou a mídia.
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