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Protesto em São Paulo marca 1 ano de escalonamento do conflito em Gaza com críticas aos EUA

Com gritos contrários aos Estados Unidos e à União Europeia devido à proximidade com Israel, manifestantes caminharam pelas ruas de São Paulo na noite desta terça-feira (8).
Sputnik
O encontro foi organizado em alusão a um ano de escalonamento do conflito na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 50 mil palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
A manifestação contou com dezenas de pessoas que percorreram parte da avenida Paulista, que partiram do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e foram até o Parque Augusta, na rua homônima. O ato foi pacífico e contou com policiamento feito pela Polícia Militar paulistana.
Rawa Alsagheer, membro da Samidoun: Rede de Solidaridade aos Prisioneiros Palestinos e coordenadora de coletivos brasileiros na América do Sul, ressaltou a importância do evento em meio à resistência palestina, que passa por conflitos no Oriente Médio.
Ela destacou que, após os ataques de Israel ao Líbano, a resistência palestina permanece firme, sendo motivo de celebração e demonstração de força. "A importância desse ato não é só porque aconteceu depois do ataque de Israel ao Líbano, mas também porque hoje há comemoração da resistência palestina. Ainda estamos lutando e temos uma resistência forte."
Alsagheer também destacou que a resistência não é um movimento isolado e está crescendo em diversos pontos da região. "Estamos vendo que a resistência está se ampliando no Oriente Médio, chegando ao Líbano, ao Irã, e claro, à Síria."
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Ela lembrou que a resistência palestina já existia antes da criação do Estado de Israel, em 1948.

Rawa enfatizou que a entrada de Israel em confrontos recentes busca enfraquecer o eixo da resistência, mas observou que a resposta tem sido de inteligência e força. Segundo ela, "Israel está querendo levar o eixo da resistência para uma guerra aberta, só que estamos muito mais fortes e inteligentes para entrar nisso."

Essa resistência, conforme destacou, está crescendo com o apoio de diferentes países do Oriente Médio, como Iraque, Líbano e outros.
Ela também apontou a conexão entre o imperialismo ocidental, especialmente o dos Estados Unidos, e o apoio contínuo a Israel. "A existência de Israel é uma existência do imperialismo, com um dedo muito grande, muito potente dos Estados Unidos na nossa região", declarou.
Essa influência externa é vista por Alsagheer como uma das principais forças por trás da ocupação e das ofensivas israelenses contra os países da região. "Ainda estamos lutando."
A ativista palestina também falou sobre sua trajetória pessoal, revelando que chegou ao Brasil com sua mãe após deixar a Palestina em 2015. Seu pai nasceu em Rafah, uma das cidades localizadas na Faixa de Gaza.
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Com um ano de conflito completo em 7 de outubro de 2024, mais de 50 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde palestino, foram deslocados no norte de Gaza após o aumento dos ataques das Forças de Defesa de Israel (FDI) na região, incluindo em Beit Lahia e Jabalia, onde um campo de refugiados está localizado.
Cerca de 1,9 milhão de habitantes de Gaza — quase toda a população da região — foi deslocada sem um lugar seguro para ir, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
Como membro fundador do sistema da ONU que surgiu após a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética apoiou a criação de dois Estados, um palestino e um judeu, separados. Tal posição segue defendida pela Rússia, que entende ser necessária tal solução.
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