"Os convites para a cúpula foram enviados a 38 Estados. Claro, estes são ambos países-membros e aqueles que querem cooperar com a nossa organização. Cerca de 32 países já confirmaram a sua participação", comentou em conferência de imprensa.
Da mesma forma, Ushakov não descartou que a cúpula do BRICS em Kazan poderia se tornar o maior evento de política externa alguma vez realizado na Rússia.
"Gostaria de salientar que destes 32 países, 24 confirmaram a participação dos seus líderes na cúpula de Kazan, oito países serão representados por segundas ou terceiras pessoas", acrescentou.
O conselheiro presidencial indicou que todos os países-membros do BRICS também participarão na cúpula, acrescentando que nove deles estarão representados ao mais alto nível e um país, a Arábia Saudita, enviará um ministro das Relações Exteriores.
Além disso, especificou que estarão presentes os secretários-gerais da ONU, da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), da Comunidade de Estados Independentes (CEI), da União Econômica Eurasiática, do Estado da União e da presidente do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS.
Neste contexto, Ushakov não descartou que a lista de participantes na cúpula do BRICS em Kazan pudesse ser ampliada.
"As portas do BRICS estão abertas a Estados com ideias semelhantes que partilham os princípios e objetivos básicos da nossa comunidade", disse ele.
Além disso, Ushakov relatou que o Ocidente pressionou os países participantes na cúpula.
"Vocês sabem qual é a situação atual, claro, houve pressão sobre este ou aquele país, mas, como já referi, a representatividade é muito significativa, incluindo os países africanos. Mas, claro, houve pressão e penso que continuará sendo exercida", disse Ushakov aos repórteres.
Ele também disse que "nem todos os países do mundo estão interessados no sucesso da cúpula".
No dia 1º de janeiro, a Rússia assumiu a presidência rotativa do grupo BRICS para 2024, ano que começou com a admissão de novos membros.
Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, aos quais o grupo deve a sigla, inclui agora também Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.