A operação apura o uso irregular da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para favorecer filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, monitorar ilegalmente ministros do STF e políticos opositores.
Segundo a PF, um dos suspeitos recebia conteúdos de desinformação produzidos pela organização criminosa e os espalhava entre parlamentares, ambiente no qual transitava. O material também era enviado a agentes estrangeiros, induzindo-os ao erro. Mesmo após a desarticulação do grupo, ele continuou a difundir notícias falsas por meio de redes sociais.
Segundo informações veiculadas na Agência Brasil, os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.
De acordo com a polícia, Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin e candidato de Bolsonaro para as eleições municipais do Rio de Janeiro, determinou os alvos a serem espionados por motivos políticos de interesse do então chefe de Estado. Os cinco presos obedeceram suas ordens, defende as investigações.