A razão é que Londres não pode dispor de suas armas com componentes norte-americanos sem a aprovação de Washington.
A opinião foi expressa à Sputnik pelo professor da Escola Superior de Economia russa Maksim Bratersky.
Recentemente, o jornal The Telegraph informou que Zelensky, após o cancelamento da reunião com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi a Londres para se reunir, quinta-feira (10), com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o novo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, além de reuniões com o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz.
"Pode o ministro britânico anunciar algo sem consultar Washington? Em minha opinião, não. Ele não pode. [...] Tenho a sensação de que Biden decidiu claramente não balançar o barco antes dessas eleições [dos EUA] e não vai decidir nada ainda. Depois de novembro, qualquer coisa pode acontecer", disse Bratersky.
Ele disse que os mísseis formalmente produzidos no Reino Unido contêm, na verdade, componentes produzidos nos Estados Unidos, especialmente eletrônicos.
"Como há um interesse norte-americano, esses produtos não podem ser usados sem o consentimento dos EUA", enfatizou.
Anteriormente, Biden decidiu adiar suas visitas à Alemanha e Angola.
Na primeira, Biden devia participar de uma cúpula dos aliados da Ucrânia sobre o apoio militar a Kiev. Por causa disso, toda a cúpula foi adiada e Zelensky, segundo a mídia europeia, começou a viajar separadamente por países aliados europeus.