Segundo a gestão de Nicarágua, as ações de Israel no Líbano são frutos de "um sistema genocida".
A vice-presidente da Nicarágua, Rosario Murillo, informou que foi o próprio presidente, Daniel Ortega, quem deu a ordem de romper os laços com Tel Aviv ao considerar que o país judeu está cometendo um genocídio em Gaza.
"Condenamos o fascismo, o repudiamos e nos unimos aos povos combatentes", disse a vice-presidente, que questionou também o papel das organizações internacionais que garantem a paz.
"Qual é a utilidade então dessas chamadas organizações internacionais que condenam aqueles que não se subordinam? Nós não nos subordinamos aos imperialistas da terra, e eles veem o fascismo e a intenção de exterminar os povos combatentes, os lutadores pela justiça, pela verdade, pelos direitos", disse ela durante transmissão pelo Canal 4, da Nicarágua.
Israel e o Oriente Médio
Desde 1º de outubro, Israel vem conduzindo uma operação terrestre contra as forças do movimento Hezbollah no sul do Líbano e continua o bombardeio aéreo do país.
Mais de 2 mil pessoas já foram mortas, incluindo líderes do movimento, e mais de 1 milhão de pessoas se tornaram refugiadas.
Apesar das perdas, inclusive de comandantes, o Hezbollah está lutando em terra e continua a disparar foguetes contra o território israelense.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia conclamou as partes a cessarem as hostilidades.
De acordo com a posição de Moscou, um acordo só é possível com base na fórmula aprovada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com o estabelecimento de um Estado palestino dentro das fronteiras de 1967, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.