Panorama internacional

Trump exige aviões e veículos militares para usar durante campanha em meio a 'ameaça do Irã'

A campanha de Donald Trump solicitou aeronaves militares, expandiu as restrições de voo sobre suas residências e comícios, e solicitou vidros à prova de balas para uso na campanha em sete estados-chave, além de uma série de veículos militares para transporte.
Sputnik
O candidato gostaria que os pedidos fossem atendidos durante as últimas semanas da campanha, de acordo com e-mails analisados e declarações de pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pelo The Washington Post.
Segundo o jornal, as solicitações são extraordinárias e sem precedentes, uma vez que nenhum candidato na história recente norte-americana foi transportado em aviões militares antes de uma eleição.
No entanto, os pedidos vieram depois que os conselheiros da campanha do ex-presidente receberam briefings supostamente indicando que o Irã ainda estaria conspirando ativamente para matá-lo.
Em uma troca de e-mails nas últimas duas semanas, a gerente de campanha de Trump, Susie Wiles, escreveu para Ronald L. Rowe Jr., chefe do Serviço Secreto dos EUA (USSS, na sigla em inglês), expressando descontentamento com a agência.
Wiles também afirmou que a campanha recentemente teve que cancelar um evento público no último minuto por causa de uma "falta de pessoal" do USSS. Para contornar o problema, a equipe teve que colocar Trump em uma pequena sala com repórteres.
Não há evidências que liguem o Irã a nenhuma das recentes tentativas de assassinato, disseram as fontes ouvidas pelo jornal, mas o FBI também não descartou a possibilidade de uma conexão.
Panorama internacional
Mídia: campanha de Trump diz que foi hackeada e culpa o Irã por vazamentos
Espiões norte-americanos determinaram que líderes iranianos estão buscando se vingar de autoridades dos EUA, incluindo Trump, que eles responsabilizam pelo ataque que matou o general Qassem Soleimani, em 2020, em Bagdá. No entanto a capacidade de Teerã de atacar dentro dos EUA é limitada, de acordo com pessoas informadas sobre a inteligência e citadas pela mídia.
Autoridades do Serviço Secreto não responderam a perguntas específicas sobre as discussões com a campanha do republicano, mas o porta-voz da agência, Anthony Guglielmi, disse em uma declaração que o ex-presidente está recebendo "os mais altos níveis de proteção". Em uma carta à campanha, Rowe Jr. declarou que o governo "estava avaliando o que poderia ser fornecido".
Questionado na Casa Branca sobre os relatos de supostas ameaças iranianas, o presidente Joe Biden disse que pediu ao seu governo para dar ao antecessor "tudo o que ele precisa".
"Eu disse […] para dar a ele tudo o que precisa", afirmou Biden, acrescentando que, quando se trata de segurança, Trump deve ser tratado "como se fosse um presidente em exercício. Dê tudo o que ele precisa, se se encaixa nessa categoria, tudo bem. Mas se não se encaixa, ele não deveria [solicitar nada]", afirmou Biden, segundo o The Guardian.
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