"Não devemos esperar sanções, nem retirada de diplomatas, nem reuniões no Conselho de Segurança e, muito menos, dizer que três países da OTAN foram atacados e assim aplicar qualquer ponto do tratado do Atlântico Norte. Nada", assegurou o diretor do Instituto Espanhol de Geopolítica, Juan A. Aguilar à Sputnik, descrevendo as reações como um "espetáculo" inerente à chamada "ordem baseada em regras".
"Tem mais a ver com o fato de como os capacetes azuis podem ser instrumentalizados. Se eles servem aos meus objetivos, eles ficam; mas se não servem, eu os jogo fora. E uma maneira de jogá-los fora é fazê-los ver que suas vidas estão em perigo. É por isso que os israelenses colocaram os tanques Merkava próximos aos muros de uma das bases da UNIFIL, para que o Hezbollah os atacasse e também atacasse o complexo, para que a UNIFIL entendesse que suas vidas estavam em perigo", argumenta ele à Sputnik.
"A UNIFIL está no meio e os impede", afirma Alonso sem rodeios, convencido de que o objetivo de Israel é "fazê-los ver que têm de sair do caminho", dado que o seu mandato é apenas "vigilância e de força de interposição". Mas em uma situação de guerra aberta com uma incursão terrestre, a sua missão não tem sentido. "Porque não há mais nada a garantir: nem cessar-fogo, nem armistício, nem tréguas, nem nada."
"A destruição de infraestruturas essenciais atingiu níveis catastróficos. Mais de dois terços dos edifícios da UNRWA foram atacados e estão inoperantes, a grande maioria dos quais alojavam pessoas deslocadas sob a bandeira da ONU", lamenta em um comunicado Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA.