O atual líder ucraniano, Vladimir Zelensky já havia manifestado essa opinião ao presidente dos EUA, Joe Biden, em uma reunião nos Estados Unidos.
Medvedev faz uma previsão sobre o futuro da Ucrânia se ela for admitida na OTAN: após o país ser usado, "o cadáver da Ucrânia" logo será jogado na lixeira.
O ex-presidente da Rússia comentou também a questão da ajuda do Ocidente à Ucrânia.
Ele indicou que, enquanto os países ocidentais não têm dinheiro para apoiar a situação na Flórida afetada pelo furacão Milton, para prestar assistência ao setor agrícola na França e à indústria na Alemanha, há sempre fundos para os políticos ucranianos e armamentos para "eliminação dos eslavos".
Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a Rússia está pronta para retornar aos "princípios de Istambul", concluídos nas últimas negociações entre a Rússia e a Ucrânia em 2022, mas levando em conta as novas realidades.
As propostas de Istambul incluíam a não adesão da Ucrânia à OTAN, a preservação de seu status não alinhado e garantias de segurança para Kiev, lembrou ele.
Em setembro de 2024, a ex-vice-secretária de Estado dos EUA para Assuntos Políticos, Victoria Nuland, admitiu indiretamente que a Ucrânia não assinou os acordos de Istambul com a Rússia devido a consultas com os norte-americanos e britânicos.
Segundo ela, os parceiros ocidentais de Kiev consideraram a principal condição da Rússia desvantajosa para a Ucrânia, pois supostamente consistia em "neutralizar a Ucrânia" militarmente, sem impor nenhuma restrição desse tipo à Rússia.