Notícias do Brasil

Diante de impasse com Ibama, Petrobras pede suspensão de prazo para explorar Margem Equatorial

A Petrobras solicitou nesta segunda-feira (14) a suspensão do prazo junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para explorar a Margem Equatorial, na região da foz do rio Amazonas.
Sputnik
A informação foi divulgada pela diretora-executiva de Exploração e Produção da companhia, Syvia dos Anjos, que confirmou que a medida ocorreu por conta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que ainda não concluiu o pedido para iniciar a perfuração do primeiro poço na região.

"Nós temos um prazo da concessão. Se não tem a licença, o prazo corre. Tem então que postergar por conta de ainda não ter conseguido […] a licença. Esse bloco foi adquirido em 2013. Claramente a gente já passou e teve que fazer as renovações. Toda vez que não tem a licença, automaticamente solicita e a ANP dá o prazo adicional. Nós solicitamos e vai ser dado, apenas suspende. Para de contar o relógio", explicou à Agência Brasil.

O poço está localizado a mais de 500 km da foz e cerca de 170 km da costa e, no local, circulam anualmente cerca de 1,1 mil embarcações. Para realizar as pesquisas, é necessária autorização para fazer outras perfurações que avaliarão o potencial petrolífero da região.
Notícias do Brasil
Margem Equatorial: AGU contesta Ibama sobre atuação do órgão em licenças para exploração de petróleo

"O local onde a gente vai perfurar o poço não é um paraíso ecológico isolado; circulam mais de mil cargueiros pela área. A Petrobras já perfurou mais de 5.400 poços. A perfuração do poço não causa derramamento. O maior derramamento de óleo que se tem é no transporte", justificou.

Em agosto, a Petrobras enviou ao processo um anexo para o licenciamento dos trabalhos na Margem Equatorial, com a proposta que cria uma base na região para proteger a fauna. O documento segue em análise pelo Ibama.
"É um centro de reabilitação de animais que eventualmente podem ser contaminados por óleo durante uma perfuração. Tenho absoluta certeza de que jamais será usado, porque se em 5.400 poços não causamos isso, não será usado", declarou.
Além disso, a empresa informou que já atendeu a todas as demandas solicitadas pelo órgão ambiental.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Comentar