A informação foi divulgada pela diretora-executiva de Exploração e Produção da companhia, Syvia dos Anjos, que confirmou que a medida ocorreu por conta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que ainda não concluiu o pedido para iniciar a perfuração do primeiro poço na região.
"Nós temos um prazo da concessão. Se não tem a licença, o prazo corre. Tem então que postergar por conta de ainda não ter conseguido […] a licença. Esse bloco foi adquirido em 2013. Claramente a gente já passou e teve que fazer as renovações. Toda vez que não tem a licença, automaticamente solicita e a ANP dá o prazo adicional. Nós solicitamos e vai ser dado, apenas suspende. Para de contar o relógio", explicou à Agência Brasil.
O poço está localizado a mais de 500 km da foz e cerca de 170 km da costa e, no local, circulam anualmente cerca de 1,1 mil embarcações. Para realizar as pesquisas, é necessária autorização para fazer outras perfurações que avaliarão o potencial petrolífero da região.
"O local onde a gente vai perfurar o poço não é um paraíso ecológico isolado; circulam mais de mil cargueiros pela área. A Petrobras já perfurou mais de 5.400 poços. A perfuração do poço não causa derramamento. O maior derramamento de óleo que se tem é no transporte", justificou.
Em agosto, a Petrobras enviou ao processo um anexo para o licenciamento dos trabalhos na Margem Equatorial, com a proposta que cria uma base na região para proteger a fauna. O documento segue em análise pelo Ibama.
"É um centro de reabilitação de animais que eventualmente podem ser contaminados por óleo durante uma perfuração. Tenho absoluta certeza de que jamais será usado, porque se em 5.400 poços não causamos isso, não será usado", declarou.
Além disso, a empresa informou que já atendeu a todas as demandas solicitadas pelo órgão ambiental.