O CEO da BMW, Oliver Zipse, disse que há muito tempo pressiona os reguladores para permitirem novas tecnologias no setor, mas que o clima na Europa estava "tendendo para o pessimismo", e que a região precisava de uma nova estrutura regulatória para permanecer competitiva.
"Uma correção da meta de 100% de veículos elétricos a bateria para 2035 como parte de um pacote abrangente de redução de CO2 também daria aos OEMs europeus menos dependência da China para baterias [...] [a fim de] manter o curso bem-sucedido, um caminho estritamente independente de tecnologia dentro da estrutura política é essencial", disse Zipse no Salão do Automóvel de Paris, segundo a Reuters.
Também em Paris, o chefe da associação automobilística francesa PFA, não chegou a pedir a abolição da proibição de 2035, mas disse que era necessário "voltar à mesa" rapidamente para discutir a revisão das metas, atualmente programada para 2026, relata a mídia.
Em março de 2023, os países da UE aprovaram uma lei histórica que exigiria que todos os carros novos tivessem zero emissões de CO2 a partir de 2035, proibindo efetivamente veículos a diesel e gasolina, e 55% menos emissões de CO2 a partir de 2030, em comparação aos níveis de 2021.
A discussão acontece em meio a uma verdadeira guerra comercial entre a União Europeia e a China, após o bloco europeu aplicar altas taxas na importação de veículos elétricos chineses. Em retaliação, Pequim está estudando introduzir taxas sob os europeus no setor de bebidas alcóolicas e laticínios.
A Alemanha, país de Zipse, foi um dos apenas cinco países-membros da União Europeia que votou contra as tarifas contra os chineses.