Na próxima quarta-feira (15), o governo federal vai anunciar se o horário de verão voltará a ser adotado no Brasil. O adiantamento dos relógios em uma hora foi suspenso em 2019, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Conforme o jornal O Globo, a tendência atual é que a medida volte a ser adotada somente no próximo ano, apesar dos novos estudos apresentados pelo ONS ainda serem cruciais para a decisão. Isso porque o governo avalia que a mudança só vai ocorrer caso seja estritamente necessária, já que o país vive a pior seca da história.
Na última semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia adiantado que caso o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorize a volta do horário de verão, a medida só entrará em vigor após o segundo turno das eleições municipais, que acontece no dia 27 de outubro.
"Se não houver risco energético, aí é um custo-benefício que terei a tranquilidade, a serenidade e a coragem de decidir a favor do Brasil — e a favor do Brasil nem sempre quer dizer que vai economizar 0,5%, 1% na conta de energia. Por que qual impacto nos outros setores? Isso tem que ser um equilíbrio. Ainda bem que a política de diálogo voltou. Com essa política, a gente tem tranquilidade e, com muita profundidade, chegar a um momento em que […] possa mostrar com clareza qual o melhor caminho a seguir", disse o ministro na última semana.
Na ocasião, o ministro afirmou que o horário de verão é uma medida adotada mundialmente para reduzir o consumo de energia elétrica nos horários de pico, e não uma questão ideológica.
"Primeiro quero registrar que o horário de verão é uma política pública que não é nacional. É implementada em vários países e, em especial, em países desenvolvidos. É uma política pública que não deve ser tratada como uma questão ideológica, e ela foi tratada pelo governo anterior assim, simplesmente extirpando ela em 2019", acrescentou.
Silveira ainda lembrou que, desde o início das medições do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) em 1950, nunca houve índices pluviométricos tão baixos como neste ano.