Qassem afirmou que, como Israel atacou todo o Líbano, o grupo tem o direito de atacar qualquer lugar em território israelense.
"Vamos nos concentrar em atingir o Exército israelense e seus centros e quartéis", disse o vice-secretário-geral, citado pela Reuters.
Ele também afirmou que os moradores do norte de Israel poderão retornar para casa depois que um acordo de cessar-fogo for alcançado por meio de um acordo indireto.
O vice-secretário-geral ameaçou que mais israelenses serão deslocados se a guerra continuar dizendo que "o número de assentamentos desabitados aumentará, e centenas de milhares, até mais de dois milhões, estarão em perigo a qualquer momento, a qualquer hora, em qualquer dia" se não houver cessar-fogo.
"A solução é um cessar-fogo, não estamos falando de uma posição de fraqueza", disse Qassem. "Se os israelenses não quiserem isso, continuaremos", declarou.
Já o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, disse nesta terça-feira (15) que Washington prometeu que Tel Aviv reprimiria seus ataques em território libanês.
"Durante nossos contatos com as autoridades americanas na semana passada, recebemos uma espécie de garantia para reduzir a escalada nos subúrbios do sul e em Beirute", disse Mikati em uma declaração escrita distribuída por seu gabinete, segundo a mídia.
Ele não forneceu mais detalhes sobre as garantias, mas disse que Washington estava "levando a sério a pressão sobre Israel para chegar a um cessar-fogo". O premiê interino também disse que esforços internacionais ainda estão em andamento para chegar a um cessar-fogo que poria fim às hostilidades entre os militares israelenses e o Hezbollah.
Ataques israelenses mataram pelo menos 2.309 pessoas no Líbano no último ano, principalmente nas últimas semanas, de acordo com o governo libanês. Mais de 1,2 milhão de libaneses foram deslocados.