Operação militar especial russa

Ucrânia revela conteúdo dos anexos secretos do rejeitado 'plano de paz' de Zelensky

O conselheiro do chefe do escritório de Vladimir Zelensky, Mikhail Podolyak, revelou nesta quarta-feira (16) o conteúdo dos anexos secretos do plano ucraniano para a resolução do conflito, que não obteve apoio dos aliados ocidentais. Entre os principais pontos, está o pedido para a OTAN atuar no território.
Sputnik
Zelensky apresentou ao Parlamento ucraniano um plano para a resolução do conflito na Ucrânia, que inclui cinco pontos e três anexos secretos. Entre eles está o convite à Ucrânia para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) atuar diretamente no território, seguido de adesão ao grupo. O segundo é a remoção das restrições sobre ataques com armas de longo alcance no território russo. Por último e não menos importante, o terceiro é o posicionamento na Ucrânia de um "pacote de contenção não nuclear" da Rússia. De acordo com esse plano, o conflito deve terminar até 2025.

"Nos anexos, está claramente definido qual deve ser a arma para destruir a logística muito longe da linha de frente, eliminar tanto alvos de acúmulo quanto de produção, incluindo onde a força viva será concentrada. Mais uma vez, enfatizo, dentro da Rússia. Quais alvos exatos serão atingidos, em que quantidade e quanto de armamento será necessário", disse Podolyak em comentário à agência RBK-Ukraine.

Juliana Smith, embaixadora dos Estados Unidos na OTAN, declarou anteriormente que as abordagens de Washington sobre as restrições ao uso de armas norte-americanas de longo alcance pela Ucrânia permanecem inalteradas.
As autoridades do país afirmaram repetidamente que não estão removendo as restrições aos ataques ucranianos com mísseis ocidentais, considerando a ameaça de escalada do conflito. O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, afirmou em outubro que a autorização não mudará a situação no conflito russo-ucraniano e pediu para não focar nessa questão.
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Já a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, classificou que não se trata de um plano, mas de um conjunto de "slogans desconexos". Segundo Zakharova, o regime de Kiev apenas empurra a OTAN para um conflito direto com a Rússia.
Em setembro, uma delegação ucraniana chefiada por Zelensky fez uma turnê pelos EUA, quando apresentou seu plano de resolução do conflito. Mais tarde, Zelensky mostrou a proposta aos líderes ocidentais durante suas visitas a Londres, Paris e Berlim. No entanto, não encontrou apoio entre os parceiros ocidentais.
O secretário-geral Mark Rutte afirmou que a aliança está estudando as propostas, mas não se manifestou a favor de seu apoio incondicional, já que ainda há questões a serem esclarecidas.
Já a mídia norte-americana declarou que oficiais da administração do presidente dos EUA, Joe Biden, há muito temiam tomar medidas que Moscou pudesse interpretar como escalada, e receberam a iniciativa de Zelensky com ceticismo.
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